
O sopro inconfundível da recompensa deslizou sob as minhas velas.
Mas, ao fitar o futuro como quem fita a pureza de um sorriso infantil, dou-me conta de que para além dessa sensação que embaralha todos os músculos da minha face de modo a compor uma nova expressão - a alegria - a janela do porvir ostenta um véu opaco.
Temo, pois.
Ergo, porém, as mãos para sentir a direção do vento...e procuro não perguntar às gaivotas que voam baixo pela chuva que pode não vir... abro os braços ao desconhecido e lanço as moedas de ouro ao mar. Porque as jóias mais valiosas que ostento são meus olhos. Olhos que apontam outros olhos. Olhos que me mostram faróis.
E quando sinto perfume inconfundível da terra... mal posso furtar-me ao desejo de atracar.
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